sexta-feira, 17 de julho de 2009

O lucro vs. A arte.

Sabe aqueles dias que a gente acorda super "nerd rebelde", querendo debater sobre tudo, julgar as coisas erradas, analisar os problemas do mundo e achar soluções, enfim, quando você ta afim de armar uma passeata e sair na rua lutando por alguma causa que você ache justa? Pois é, estou assim hoje e passei o dia inteiro dentro do quarto, sou uma reivindicadora muito util.
Só que eu não passei o dia inteiro aqui sem fazer nada, de certo modo não ok, eu fiquei lendo um monte de coisas na internet.
Então, eu estava lendo o
http://identidademusical.com.br/blog/ (que tem umas coisas sobre pitty, então me atraiu) e o que eles (eles who? http://identidademusical.com.br/blog/about/) escrevem em geral sobre música como da pra perceber, me atraiu muito. Porque podem parecer clichês, aquela coisa de fãs posers e tal, mas eles falam de um jeito mais amplo. E bem, num texto que fala sobre o artista, seu público e os criticos me chamou atenção, mas não só porque ele é todo em cima do que a Pitty disse no estúdio showlivre, mas em cima disso ele disse coisas que nós mesmos, fãs, reclamamos, os famosos posers, e para a mídia que as vezes liga mais para o "visual". No texto tinha esse trecho: "no universo da independência, tem de interessar cada vez mais a obra do artista, cada vez menos sua vida particular. Repetir a cultura da celebridade é reafirmar a lógica das gravadoras, que investem mais, às vezes, na imagem dos supostos artistas do que na própria obra de arte. Roupinhas justas, cortes de cabelo excêntricos, cara de mau do guitarrista, sorrisinho colgate e lírico do vocalista, instrumentos estilosos, camiseta preta: assim são os produtos manjados do mainstream; tudo leva a crer que se trata de uma banda de rock, devido à aparência, exceto pelo som, que deveria ser a essência - mas na essência não há nada, só a velha repetição de modelos já bem conhecidos, sempre de "roupagem" nova, para esconder-lhes a decrepitude. Quando o lucro é o único horizonte, a histeria e a fascinação da platéia não recaem nas canções, mas no espetáculo bem planejado, que transforma o próprio artista (?) em produto, e as canções em descartáveis."
Esse trecho fala exatamente sobre isso. As gravadoras, o mercado, AS PESSOAS hoje, procuram mais pelos "rostinhos bonitos" do que pelo talento. Nisso, os verdadeiros talentos vão sendo passados para trás por um visual legal, que na verdade ja é todo montado, como: vocês devem usar isso porque é legal e combina com o estilo do seu trabalho. E nisso, tem outro trecho do texto de Carlos Rogério que é pra concluir: "Mas aí surge o entrave: o público quer obras de qualidade? A resposta é sim, desde que ele tenha os ouvidos preparados para o desfrute estético.".
Então, eu pessoalmente, na minha super sabedoria de 15 anos de idade, e pelas minhas proprias conclusões e opinião, acho que o problema esta nessa constante manipulação que a mídia joga sobre nós. Sobre o que devemos vestir, ouvir, sobre o que é legal e não é. A mídia que "têm por finalidade primeira o lucro", como esta no texto de Carlos Rogério.

Trechos extraidos do Texto "Artistas, público e críticos - Parte II (o Efeito Pitty e a formação do público):
http://identidademusical.com.br/blog/2009/06/03/artistas-publico-criticos-parte-ii-pitty/.

2 comentários:

  1. Obrigado pelas leituras!

    Vamos mantendo contato - para formar público inteligente e fugir dos produtinhos manjados e bem comportados!

    Abraço!

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  2. Ah, aliás, amanhã tem show de uma banda que manda bem nas letras e foge dos padrões:

    http://identidademusical.com.br/blog/2009/07/13/noites-do-bem-terceira-edicao/

    A gente se vê lá!

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